Entrevista com o diretor-presidente da Drava Metais, Mirko Hlebanja

O diretor-presidente da Drava Metais, Mirko Hlebanja, coordenador da Câmara Temática de Cilindros e Acessórios, diz que um dos propósitos da Câmara é aprimorar a experiência dos usuários com os botijões. Afirma que depois da regulação que passou a impedir que qualquer companhia de gás possa encher o botijão de outras, o Brasil passou a ter um mercado que respeita mais o consumidor.

1 – Qual a importância de criar uma Câmara Temática de Cilindros e Acessórios para o setor de GLP?

O setor do GLP é um dos mais antigos do Brasil. Desde a década de 1930, o GLP está presente em muitas casas brasileiras e, a partir daí, nas indústrias do país.

Hoje 95% dos lares no Brasil utilizam o GLP, o que lhe confere uma penetração maior que água encanada e energia elétrica. Isso significa que nos últimos 80 anos essa indústria alastrou-se pelo Brasil e trouxe conforto, segurança e permitiu uma atitude ecologicamente correta, para a maior parte da população. Criar a Câmara Setorial significa legitimar a importância que o GLP tem.

2 – Quais são as principais questões em debate nos encontros da Câmara?

As principais questões em debate são as melhorias contínuas que podemos implementar nesse setor, particularmente nas válvulas e acessórios utilizados no vasilhame transportável. Com isso, pretendemos aprimorar e valorizar a experiência que os usuários têm com esses recipientes. Devemos, porém, nos lembrar que a evolução de um produto maduro e melhorado ao longo de tantas décadas já os fez desempenhar suas funções em ótimo equilíbrio entre custos e benefícios.

3 – Há alguma sugestão da Câmara de mudança ou aprimoramento em relação ao tema “cilindros e acessórios”?

Estamos sempre buscando evoluir. Isso significa compreender a situação atual e aprimorá-la. O processo de melhoria contínua é um de nossos lemas, para que não haja acomodação no estágio atingido, por melhor que ele pareça. Mas, deve-se ressaltar que o desenvolvimento e início do processo de evolução de qualquer produto demandam investimentos.

O mercado precisa querer fazer tais investimentos para que haja suporte financeiro a melhorias futuras.

4 – Qual a sua avaliação do mercado de GLP especificamente para o segmento de cilindros e acessórios?

Até o final dos anos 1990, o mercado era bastante confuso. Qualquer companhia de gás podia encher os vasilhames de outras. Com isso, não havia regulação e o consumidor era o maior prejudicado. A partir do momento em que iniciou-se a requalificação dos botijões, com periodicidade controlada, passamos a ter um mercado que respeita o consumidor.

Com isso, acredito que o mercado de GLP no Brasil atingiu patamares elevados que tendem a se aprimorar com aderência às práticas determinadas por leis e normas técnicas.

5 – Qual a sua avaliação do setor de GLP no Brasil, de forma geral?

Considerando-se que temos a extensão territorial de um continente, e que manipulamos quase 35 milhões de botijões de 13kg por mês, além dos outros modelos transportáveis, para uma população de mais de 200 milhões de pessoas, acho que estamos bem encaminhados.